professoraAtualmente, além de atuar em escolas, o profissional pode trabalhar em empresas de recursos humanos, editoras e até em museus e jardins zoológicos. Isso mesmo. Ele pode chefiar a equipe de monitores desses locais, montar a programação e ajudar a produzir as explicações sobre cada item. Engana-se quem acha que lugar de pedagogo é só na sala de aula.
Nos colégios, a área em que o pedagogo está mais presente é como professor deeducação infantil e do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental. Ele pode também trabalhar como coordenador pedagógico ou diretor da instituição.
Segundo a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a profissão está desvalorizada. “Antes, ser padre, prefeito ou professor dava prestígio”, diz Silvia Colello, professora da Universidade. “Hoje, as pessoas não respeitam mais tanto o professor”. Mas ela completa: “É o desafio de se envolver em uma causa que vale a pena”.
Sobre o mercado de trabalho, a afirmação freqüente entre pedagogos é que existe um paradoxo na profissão. “A qualidade do ensino está muito precária no Brasil. Se houvesse salas de ensino infantil e fundamental com até 20 alunos, a educação seria melhor e haveria mais empregos, pois aumentaria o número de salas de aula”, critica Selma Garrido Pimenta, pró reitora da graduação da USP e autora do trabalho”Pedagogia e Pedagogos: Caminhos e Pespectivas”.
Uma saída para as dificuldades do mercado de trabalho é perceber que o trabalho não está só na sala de aula. Ensinamentos para idosos, por exemplo, é uma área que está crescendo bastante.
Um mito, é achar que ser pedagogo é ensinar as quatro operações matemáticas e a ler e a escrever. Ser pedagogo é tão legítimo quanto ensinar um estudante de qualquer idade. O pedagogo dá a base que o aluno vai usar por toda a vida.